As quatro estações do amor

A falta de amor é como o inverno frio e sozinho. Onde sentimos calafrios que deixam nosso coração gelado, petrificado, sem vida e sem sentido. No inverno o branco se mistura ao vazio dos sentimentos onde nem a dor consegue existir. O amor que floresce é como a primavera que desperta nossos diversos desejos. NasceContinuar lendo “As quatro estações do amor”

Um grande dia para escritoras

Desejo começar esse texto de um jeito que me pareça que falo para uma pequena audiência, uma sala com alguns espectadores, sem pretensão de parecer detentora de um conhecimento maior. Sinto falta dos tempos em sala, daqueles momentos de interação com a classe, da partilha que se realizava nesses espaços. E então eu diria: OláContinuar lendo “Um grande dia para escritoras”

Expresso da Meia-Noite

Sabe aquela receita do insucesso que todos, inclusive eu, recomendam não fazer porque é quase certo que o resultado dê errado? Não seria exatamente uma tragédia anunciada, mas a chance de “dar bom” seria bemmm improvável. Mas uma chance mínima ainda é uma chance, então me apeguei a ela com disposição. Me inscrevi para participarContinuar lendo “Expresso da Meia-Noite”

Uma mãe por todas. Todas por uma mãe

Deixei minha caçula em casa com o compromisso de lavar a louça gigante que estava sobre a pia desde muito cedo. Era a tarefa dela, meio indigesta, eu sei, mas ela parecia resignada. Deitada no sofá, ela tentava reunir coragem para enfrentar a pilha de pratos e travessas enquanto a cachorrinha a puxava pelo vestidoContinuar lendo “Uma mãe por todas. Todas por uma mãe”

Apenas mais um texto infeliz

Era escritora. Ofício difícil, que carrega muita dor.  Para escrever, pensava principalmente no passado. Os abandonos que sofrera, a saudade da família, os relacionamentos que não foram para frente… toda a sorte de angústias, desprazeres e frustrações. Era um dia frio de maio, um domingo daqueles entediantes, arrastados. Foi para a frente do computador comContinuar lendo “Apenas mais um texto infeliz”

Solta

Solta os medos As limitações As angústias Tudo o que te prende Solta o peso A sensação de impotência e de não merecimento Solta o grito a respiração contida, o confinamento Solta as ideias, as emoções A gentileza, os afetos Solta o amor E OLHE PARA A FRENTE E ande mais leve Sinta o solContinuar lendo “Solta”

Fragmentos sociais

Minhas primeiras lembranças de alteridade, de brincadeiras com amigas, trazem a imagem da “Bel”. Uma menina preta. Linda. Altiva. Dois ou três anos mais velha do que eu. Inteligente. Prática. Estudiosa. Olhos incrivelmente brilhantes. Cabelos partidos, trançados, presos – sempre. Organizava todas as nossas brincadeiras, que na época eram bastante restritas. Talvez por falta deContinuar lendo “Fragmentos sociais”

Vento

O vento soprou forte Balançou todas as árvores ao redor Os meus cabelos foram-se na ventania Arrepiaram… Embaraçaram… A vontade de fazer o coque para disfarçar o frizz As folhas vieram em minha direção Eram folhas verdes, amarelas e marrons porque também tinham as folhas secas. Um vento impetuoso vindo dos ares Esforçava para arrancarContinuar lendo “Vento”