MEU REENCONTRO COM RENATO RUSSO

Por: Elaine Resende Durante anos trabalhei apenas para o jornal e a rádio AM, subindo e descendo com a equipe de trabalho e os visitantes. Gente fina esse pessoal! Até o dia em que eu percebi uma movimentação estranha, uma gente bem jovem, muito ruidosa, inquieta. Foi a primeira vez na vida que ouvi aContinuar lendo “MEU REENCONTRO COM RENATO RUSSO”

SAUDADE

Por: Carol Pessôa Desde pequena sentia um estranho aperto no peito. Os pais a levaram a vários médicos. Também iniciou tratamento psicológico. Mas nada resolvia a estranha pontada no coração. A família comentava que ela era uma menina problemática. Sempre com notas baixas, problemas de saúde, desânimo para as brincadeiras. Não havia o que aContinuar lendo “SAUDADE”

NA POESIA DOS TEUS OLHOS

Poeta das cores e luzes instantes, que se repetem sequer em sonhos. Encanto entorpecente aos sentidos! Meus olhos fixos em ti e em teu jardim, seguem teus passos a cruzar a ponte sob a tela flutuante de nenúfares… O amor se revela na vivacidade poética dos traços eternizados no entardecer… As sombras beijam o orvalhoContinuar lendo NA POESIA DOS TEUS OLHOS

DE MALAS PRONTAS

Por: Rosi Santos Minha querida M, As malas já estão prontas. Coloquei as melhores blusas, as melhores calças, os melhores vestidos e sapatos. Os brincos de prata, o terço de rosas prensadas, a Bíblia Sagrada. Numa pasta organizei os últimos exames médicos, os certificados e diplomas, o currículo atualizado. Levo fotos de todos os meusContinuar lendo “DE MALAS PRONTAS”

APENAS UM MINUTO

Por: Karina Freitas Quanto tempo dura um minuto? Para o tempo do relógio apenas sessenta segundos. Nem mais. Nem menos. Mas… E quanta emoção cabe em um minuto?  Pelo prisma do tempo psicológico… Um minuto…(10) para aguardar o sinal abrir; para atravessar a rua; para cair; para levantar; para se afogar; para ficar sem ar;Continuar lendo “APENAS UM MINUTO”

RISCOS ANÔNIMOS

Por: Jovina GBenigno há espaço em meu sobrado volta tirei a chave da porta dos lençóis lavei o cheiro do outro foram poucos nada deixaram além de restos no banheiro sem tons carmins sem folguedos e lamentos do fim. Aquela não mais te espera fúria fera saciaram penúrias. fartei tertúlias. não estranhe as novidades deContinuar lendo “RISCOS ANÔNIMOS”

LITERATURA FEMININA

Comecei a ler livros de literatura na adolescência. Iniciei com a Ilíada de Homero, e a partir desse momento fiquei obcecada pelos livros de literatura clássica: Dostoiévski, Tolstoi, Gogol, Kafka, Sartre, Tomas Man, depois fui para a literatura latino-americana: Cortázar, Borges, García Márquez, Sábato e depois tive uma fase japonesa: Murakami e Yoshimoto Banana eramContinuar lendo LITERATURA FEMININA

MEIO-DIA

Por: Sônia Souza Todos os dias, na saída da Escola passava por aquela casa de vila em uma rua repleta de árvores. Dali vinha um cheiro de casa, vozes ao fundo, panela de pressão no fogo, tempero de comida fresquinha para alguém. Nunca vi nem tampouco conheci qualquer pessoa dali. Mas, naqueles não mais queContinuar lendo “MEIO-DIA”

CARTEIRO

Por: Angelica Na minha adolescência tínhamos uma verdadeira veneração pelo carteiro. Como já está dito no próprio nome da ocupação que tem, o carteiro era o funcionário dos Correios que tinha por obrigação entregar a correspondência nos endereços escritos nos envelopes.Naquele tempo, só homens podiam ser carteiros. Andavam a pé por muitas ruas do bairroContinuar lendo “CARTEIRO”