Estava correndo na praia sem prestar muita atenção em nada, apenas inserida na corrida e na música que gritava alto aos meus ouvidos, quando de repente um insight passou pela minha cabeça; estou correndo aqui agora como estou correndo na vida ordinária e estou perdendo o simples e belo que a paisagem do viver contém.
Então parei de súbito, e fui em direção ao mar. Poxa como o mar é lindo. É um perder-se infinito de verde sem fim. As vagas vêm e vão em ciclos que começam e terminam num movimento eterno.
Assim somos nós, mulheres cíclicas que estão sempre recomeçando e finalizando as várias fazes da existência. Somos crias, somos criaturas, somos criadoras. Porque não dizer que também somos gotas desse imenso mar e fazemos parte desse universo aquático. Um mar que pode estar calmo, mas que também tem seus dias de ressaca.
Respirei toda aquela brisa que embalava meus cabelos e minha alma. Poxa como o mar é lindo. Sentei e contemplei minha história por alguns minutos e agradeci a Deus por estar presente. Viver é um presente. Viver é o presente. O amanhã não existe e ontem não volta mais.
Olhei mais uma vez aquela beleza e lembrei porque as sereias encantam; com certeza elas sabem todos os mistérios do mar. Respirei profundo e gravei o marulho e a pintura daquela paisagem na minha memória. Enfim, sai caminhando e quando reparei estava já correndo novamente.
Crédito da Imagem: Pexels
“Os textos representam a visão dos respectivos autores e não expressam a opinião do Sabático Literário. ”
Ah! O mar! Tão bom ler esse texto neste momento que de férias também faço usufruto desse belo de cenário! Ah! Como é bom me perder em meus pensamos admirando suas ondulações.
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“Somos crias, somos criaturas, somos criadoras. Porque não dizer que também somos gotas desse imenso mar…” eu ousaria dizer, somos divinas!
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