Querido Basílio

Lisboa, um dia qualquer de junho Querido Basílio, O abismo entre nós fez minhas lágrimas secarem, porém, ainda sinto na boca o gosto frio do punhal da humilhação, da chantagem e do abandono que cravaste em mim. Ainda me consumo de arrependimentos, quando lembro que devia ter deixado no passado, aquele amor que chamastes deContinuar lendo “Querido Basílio”

Notas

As notas dedilhadas me transportaram para longe Pude apreciar sorrisos, cores esfumaçadas que se misturaram e me trouxeram paz Pude ver castelos lapidados pelas gotas da cera derretida As pequenas chamas descobriram que sabiam dançar com a vibração dos sons Além dos vitrais, pairava uma melancolia bucólica Sorri no íntimo, intensamente agradecida

O começo de tudo (SEARCH BRAZIL)

Foi numa quarta-feira que nos conhecemos, você estava cantando no barzinho que meus amigos me indicaram. Nunca havia ido lá, mas naquela tarde, vesti um macacão azul e desliguei a internet do celular para ninguém me localizar. Estava animada em conhecer novas pessoas desde que teria que me apresentar para o programa de intercâmbio naContinuar lendo “O começo de tudo (SEARCH BRAZIL)”

O sonho de escrever

Olhava para aquele arquivo de papel indecisa e insegura. Desde pequena, sempre teve o sonho de escrever estórias. Mas, pressionada pela família, resolveu fazer uma faculdade. Escolheu jornalismo, porque na sua cabeça era o menos diferente. Pelo menos, poderia narrar fatos, o que não era a mesma coisa, mas já quebrava um galho. Durante anosContinuar lendo “O sonho de escrever”

Nosso encontro com Chico

Mal caía a tarde e eu começava a cantarolar os versos decorados do livro que eu não largava mais e que tinha tomado como meu. Passava o dia com o livro embaixo do braço, lendo-o e cantando com voz baixinha e aguda, quase um sopro, desafinando aqui e acolá, avançando corajosa nos versos recém-decorados. MeuContinuar lendo “Nosso encontro com Chico”

A última barca para Paquetá

Ela me ofereceu um cigarro tirado de uma cigarrilha cravejada de brilhantes. Eu havia envenenado meu fígado de muitas maneiras diferentes antes de me sentar naquela amurada, tinha acabado o happy hour e não consegui pegar a última barca pra Paquetá. Aquela oferta me fez fixar o olhar em quem só de lado me fitava.Continuar lendo “A última barca para Paquetá”

Rocambole, recheio de amor

A cozinha é o meu lugar sagrado de magia, lembranças e meu cômodo preferido da casa. E é desse lugar a lembrança mais nostálgica que carrego comigo. A lembrança do Rocambole de Goiabada que minha mãe fazia, nas raras vezes em que cozinhava. A receita é simples: massa de pão de ló e goiabada cremosa.Continuar lendo “Rocambole, recheio de amor”