Cerveja Amarga (Rebeca Maia, Ipê Amarelo, 2022, 80 páginas)

“Há três anos eu não esperava que estaria aqui, neste bar, tomando cerveja sozinha enquanto observo o ambiente, as pessoas e reflito sobre tudo o que aconteceu e o que pode acontecer. Há três anos eu não me permitia experimentar sequer esse copo de cerveja amarga…” Solidão, amor, dúvida, melancolia, traumas, e uma série deContinuar lendo “Cerveja Amarga (Rebeca Maia, Ipê Amarelo, 2022, 80 páginas)”

Na terra dos gigantes

Acordei assustado. Um barulho estrondoso vindo de muito perto me despertou. A mulher chegou bem próximo a mim e era enorme. Tão grande que eu não consegui alcançar seus olhos para saber se ela era mesmo uma ameaça. Na dúvida, levantei-me de um sobressalto e mostrei que estava alerta. Eu também sabia ser ameaçador quandoContinuar lendo “Na terra dos gigantes”

Eu, mulher

Eu, mulher Incorporo o canto de gerações na voz Que gritam, protestam E entoam toda uma ancestralidade FORTE Eu, mulher Escrevo como escravas, mães, negras, domésticas Que reivindicam o próprio corpo Que choram Não querem ser: MORTAS Eu, mulher Cuido, limpo, trabalho, organizo Corro, resgato E digo: NÃO É NÃO! Eu, mulher Tô sempre devendoContinuar lendo “Eu, mulher”