Eu, mulher
Incorporo o canto de gerações na voz
Que gritam, protestam
E entoam toda uma ancestralidade
FORTE
Eu, mulher
Escrevo como escravas, mães, negras, domésticas
Que reivindicam o próprio corpo
Que choram
Não querem ser: MORTAS
Eu, mulher
Cuido, limpo, trabalho, organizo
Corro, resgato
E digo: NÃO É NÃO!
Eu, mulher
Tô sempre devendo uma coisa para mim mesma
Tô sempre na luta, com chuva ou sol, QUE SEJA
Eu, mulher
Carrego um pouco de loucura,
Um pouco de ternura
E até mesmo, ÓDIO
Eu, mulher
Sangro no corpo,
e também, na ALMA
Eu, mulher
Despida,
Nua
VIVO!
Eu, mulher, carrego um cartaz na mão,
E um lombo nas costas
Com a frase, quase uma sentença
EXIJO EXISTIR!
((Esse texto é de autoria da escritora e jornalista Carolina Pessôa. Mais informações no site http://www.carolinapessoa.com.br e no insta @carolinapessoa25))
Oi, Carol, parabéns e obrigada por ser texto. Precisamos de cantos assim, que na força mulher tenhamos reconhecidos o amor, a determinação, o acolhimento, a leveza, a contundência de quem se reconhece e se afirma. Obrigada. Beijo
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Muito obrigada Jovina!!
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Um pouquinho de cada uma de nós. É isso que seu texto carrega. Obrigada, Carol!
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Eu que te agradeço querida!
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