Mulher Selvagem

Sabe aquilo que a razão não explica? Que te faz ser única? Te faz correr atrás do que sonha? Agir inconsequentemente, às vezes, para não perder o que/quem ama? Te faz chorar e rir em questão de segundos? Desperta quando passa um batom vermelho e coloca uma saia até o chão? Te faz dançar no batuque de uma música? Te deixa embriagada à luz do luar?

É a tua mulher selvagem gritando, implorando por liberdade!

Em cada uma de nós habita uma mulher selvagem, um lado feminino primitivo, ancestral.

Grita contra um patriarcado que impõe regras, limites e não nos deixa seguir livres.

A mulher selvagem não é aquele estereótipo da mulher que não se depila, que não aceita ser cuidada, que odeia homens, que se iguala nos papéis. A mulher selvagem é um conjunto de arquétipos que vive em nós e que nos realiza em cada um dos nossos papéis: mãe, esposa, solteira, profissional, amante, filha, amiga, irmã.

É o ego fortalecido que sabe dosar os desejos do ID (instinto), sem ser anulado pelo superego (o que esperam de nós).

A mulher selvagem te ajuda a lutar pelo que deseja, se defender de relacionamentos abusivos, encontrar tua beleza e força, despertar tua feminilidade, acolher e realizar teus desejos, libertar-se de padrões e reconhecer e conjugar teu eu com a natureza e a espiritualidade.

É a voz da intuição, é o sopro da autoestima, é o beijo do amor próprio.

Como deixá-la atuar?

Observando teus ciclos, conhecendo teu corpo, lendo, participando de círculos de mulheres, observando e acolhendo seus sentimentos, fazendo terapia, se permitindo mais, andando descalça, consumindo menos, dando um tempo das redes sociais, dançando, preparando uma refeição, amando e se amando, fortalecendo outras mulheres.

A Mulher Selvagem abomina a comparação. Se você se sente inferior, acaba com tua confiança; se se acha superior, corre o risco de ser laçada pela soberba, pelo egoísmo. Não há nada de bom na comparação.

É a mulher selvagem que te ajuda a se reerguer nas agruras da vida, é ela que te sopra no ouvido o que fazer. E para cada crença, atribui-se esse poder a fatores e atores diferentes. No entanto, é sempre ela que grita e te guia para te ver forte e feliz.

Autoconhecimento é a chave para permitir que a Mulher Selvagem aja em e através de você.

Fica o convite: experimente ouvi-la e deixá-la livre!

Publicado por claudianagau

Filha, mãe, professora, psicanalista. Apaixonada pela vida, pelos amanheceres, pela lua, por livros, café, charuto e cachimbo. De riso fácil e amiga sincera. Direta até demais. Amante das histórias de mulheres e sobre mulheres e tudo que fale da mulher selvagem, da ancestralidade, do inconsciente coletivo.

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