Cicatrizes
O sopro dos dias sussurra no meu rosto
Nem menina, nem mulher
Como se escreve um corpo
Um tropeço?
Um engano
Foi-se o Pertencimento
O eu refletido no véu do não
Lâmina afiada
Tão crua
Cicatriz fina e fria
Em meu rosto estampado
A velhice de minha mãe.
Incógnita profusa
Dolorida de ser consentida
Marcando a pele
Feito ferro quente
Crédito da imagem: Foto por Alexander Krivitskiy em Pexels.com
“Os textos representam a visão das respectivas autoras e não expressam a opinião do Sabático Literário.”
Que lindo, Katja! Chegando perto dos 50 me sinto muito mais perto da minha mãe do que da menina que fui um dia.
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Ai menina!
Chegando aos 50 me sinto tão adolescente que meu corpo é uma roupa que não me serve.
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