Já perdera de longe
a contagem dos dias
Servir
Agradar
Atender
Anular
De onde vinham todas aquelas cobranças?
Por mais que fizesse
se esforçasse
desviasse a atenção
Lá estavam elas
Listadas
Pontualmente
A sufocar
Sempre tem alguém para mandar
E na roda o mandado
Como uma continuação nada efêmera daquele rigor travestido de bom
Mas hoje não
Na balança
um minuto de reconhecimento
seguido de horas de insuficiência
Hoje não
Nas desculpas sem assinatura
Eu quisera entender
Quantas versões do amor existe
Só para saber
Quando sou amada
E quando não
Crédito da imagem: Foto por Skyler Ewing em Pexels.com
“Os textos representam a visão das respectivas autoras e não expressam a opinião do Sabático Literário.”
Quando as princesas se desencantam? Você trouxe isso com muita doçura e sabedoria. Somos mulheres reais e precisamos ser amadas, do jeito que somos.
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O desencanto pode representar liberdade e alívio. Obrigada pelas reflexões em um poema tão bonito, Sonia!
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