MÃE, ME OUVES

( Jovina Benigno)

Mamã,

quero te dizer palavras

inauditas. presentes.

alqueires

tua  presença

nas noites em que vago

sem ti.

te amo, mãe!

eu  te dizia.

Hoje,

incompleta pela tua ausência

total te enxergo .

declaro meu amor

seguro  teu rosto

em minhas mãos vazias.

é exato que te amo.

Escrevo no bronze

teu verbete

pendor a cada detalhe teu.

precioso elo.

Fecho os olhos

sinto teu corpinho.

eu te abraço, mãe

querendo

te trazer para meu útero

Na  escolta ao portão

de minha casa de infância

tu, alteza

de bengala na mão

passo curtinho

abraços. teus braços

estirpes de nossas vidas                                           

a calma de sentir-te

pede teu olhar

tua voz.

Nós, filhos, netos

toda  tua descendência  

confusos com tua ida

assustados.

perdidos na  partida,

buscamos

em cada canto da  vida

o  teu regaço

teus passos voltados  para nós.

O toque dos teus dedos mágicos

fazendo gentes

teus versos envolventes

quantas histórias, mãe,

quantas tu nos contaste!

saudades, mãe!

estais  perto,

embora nas estrelas.

Escrevo no bronze

teu verbete

pendor a cada detalhe teu.

precioso elo.

És  flor, mãe

bandeja do céu te exibe

rosa de todas as cores

de preferência vermelhas e brancas

(embora às flores devamos a todas preferir )

A aura  tua

Iluminada alma

sinto aqui onde estou

onde sou

aqui mãe, no meu coração.

Crédito da imagem:  Pexels.com

Os textos representam a visão das respectivas autoras e não expressam a opinião do Sabático Literário.”

6 comentários em “MÃE, ME OUVES

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