Parte 1 - A chuva
Chove há tantos dias…que parecem meses, que viram anos.
a cidade está cinza escuro, às vezes branca, ou ainda cinza claro,
outras vezes um azul alaranjado aparece entre as nuvens …
parece lembrar que o céu está lá!!!!
E que o Sol um dia voltará a brilhar
Lentamente a água escorre pelo vidro, se fossem lágrimas,
os dias são tristes:
as manhãs frias, as tardes monótonas e as noites longas!!!
Fico reflexiva … olhando pro nada … buscando o relógio,
penso em aproveitar o tempo:
- talvez estudar;
- ou colocar a leitura em dia;
- ouvir música;
- quem sabe organizar o armário;
- também limpar a casa;
- ou assistir uns filmes ou séries;
- melhor ainda, aprender um prato novo;
- ou inclusive me exercitar em casa;
mas nada faço !!!!
Apenas fico alí, parada, hipnotizada, só olho pela janela…
observando o movimento da rua:
vejo as pessoas molhadas correndo para se proteger da chuva;
o trânsito engarrafado enquanto o sinal abre e fecha;
um cachorro perdido entre buzinas;
crianças brincando na poça;
assisto a tudo como um filme preto e branco, em câmera lenta,
como se a cena acontecesse num tempo diferente do momento presente.
A cidade chora!!!!
Chora…a miséria de seu povo,
a decadência moral;
os flagelos da vida;
as dores da alma;
o egoísmo do ser humano;
a mesquinhez dos afortunados;
as inundações, as tragédias;
as doenças, as epidemias;
a morte de seus habitantes;
[….]
Mas ela volta a sorrir porque ainda há esperança…
[CONTINUA ….]
Crédito da Imagem: Foto por Aleksandar Pasaric em Pexels.com
“Os textos representam a visão das respectivas autoras e não expressam a opinião do Sabático Literário.”
Oi, Karina , parabéns, querida. Seu texto, cheio de movimentos, imagético, é ao mesmo tempo muito reflexivo. São quase paradoxais essas duas características, nele muito bem trabalhadas.
muito bem trabalhadas. Obrigada por compartilhar. Beijo
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Obrigada Jovina, adorei seu comentário.uito bom saber a sensação que o texto causa.
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