Nunca acreditei nas linhas,
no traçado inquieto
dos gestos ocultos.
Nunca a amargura do medo
me causou tanto espanto,
quanto esse vazio constante.
Nunca havia sido tocada pela sanidade,
a ponto de desejar e temer a loucura…
Entrelaçar-me fio a fio nos cabelos do vento,
libertando assim os meus segredos,
meu pensar mais sincero, puro e insano.
Nunca pensei sentir tão profundamente a dor,
o peso da lâmina me arrancando as flores…
Quando deveriam ter-me cortado as raízes.
Porque eu nunca soube, como agora,
o quanto meus pés precisam ir além
dessas amarras relutando em meu peito…
Além do desejo de permanecer…
Ou de nunca mais voltar…
Lívia Maria (05/07/2018)
Crédito da Imagem: Foto Pexels.com
“Os textos representam a visão das respectivas autoras e não expressam a opinião do Sabático Literário.”
Fantástico, Lívia! Poema que toca na alma, de extrema sensibilidade.
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Oi Lívia, lindo seu poema. As sensações que você nos passa, é muito fiel aos dramas dos poetas. Parabéns, querida! Um beijo
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