Por: Julia Quintanilha
Existem várias versões minhas vivendo em cada um.
Existe a triste e machucada
A que tem a alegria contagiante
A que chora e é frágil, e a que não se abala com nada
Existe também a apaixonada, a obcecada, a que desiste de um amor, e a que nunca se apaixonou
Há a que se esforça, a que não se importa, a que lê muito e a que lê nada.
A que gosta de música, de dança, ou de tirar fotos. Às vezes as três de uma vez.
A que fala demais, e a que nunca desabafou.
A traumatizada e a que venceu todos os problemas
A que fica, e a que vai embora.
Às vezes sou uma, outra ou nenhuma.
Mas na maioria das vezes, nada é o que sou.
Crédito da imagem: Foto por cottonbro em Pexels.com
“Os textos representam a visão dos respectivos autores e não expressam a opinião do Sabático Literário.”
Adorei, Julia! Instiga-me demais o quão paradoxais podemos ser. E, ainda assim, sermos autênticas. Parabéns!
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De tantas camadas somos feitas, que riqueza carregamos em cada uma dessas versões. E no fim, somos muito maior que a soma de todas elas.
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Amei o texto! Uma somos todas, todas somos uma.
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Somos todas assim num dia e uma vida inteira. A certeza é que não sabemos o que somos sendo várias em apenas uma.
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Pura verdade, somos tudo e somos nada. Somos contrários a nos mesmos. Estamos em busca da nossa essência. ótimo texto.
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Mulheres de fases e faces,
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