Dia desses, recebi de uma amiga artetarapeuta, uma proposta de atividade que me encantou: escrita criativa.
Ela apresentava diversas fotos e propunha que, num lugar tranquilo, com uma música relaxante, escrevêssemos o que viesse a nossa cabeça. Assisti ao vídeo rapidamente, descartei a possibilidade de realizar aquela atividade em meio a tantos afazeres e segui meu dia.
Curioso foi, que uma das imagens habitou minha mente a tarde toda – uma foto com margaridas, ou algumas flores muito parecidas com margaridas.
À noitinha, depois que as crianças aquietaram um pouco, me dispus a realizar aquele exercício que, logo vi, levou-me a pensar em meus alunos e nos estudos de psicanálise tão recentes, desafiadores e encantadores para mim. Segue o que produzi e, tenho certeza, será modificado e acrescido a cada nova leitura. (Tentei não alterar a primeira versão.)
Visceral que nasci e professora que sou, peguei um caderno novo só para realizar a proposta e, tenho certeza, será a primeira de muitas. Obrigada, Simony!
“Flores…nunca fui boa em nomeá-las. As únicas que não me causam dúvidas são as rosas e as tulipas, de todas as outras, não tenho certeza.
Margaridas? Perece que sim. Minhas favoritas quando eu era criança: são fáceis de desenhar!
Não saber os nomes não me constrange. O que importa é o sentimento despertado. Isso me remete aos tabacos e vinhos que tanto aprecio. Não ligo para notas técnicas, preço, status, mas se eles me proporcionam prazer e relaxamento. Se são gostosos ou não.
Em relação às flores, quer um exemplo? Tulipas me lembram frio, inverno, minha estação favorita; consequentemente, amo tulipas. Rosas me irritam! Não sou romântica.
Margaridas não são mais minhas flores favoritas, costumo confundi-las com crisântemos que, pra mim, tem cheiro de morte; um cheiro impregnado em minha alma – lembrança de quando perdi meu pai.
Falei de sensações até aqui.
Outro fato me chama a atenção: cada flor tem sua beleza. Umas brancas, outras menos; pétalas perfeitas, outras nem tanto; flores robustas, outras mirradinhas. No conjunto, é a singularidade que compõe o todo e permite à foto transmitir seu encanto.
Transponha para a vida, para o humano, para a alma”.
Não precisamos ser perfeitos, mas enxergar em nossas imperfeições a boniteza das lições aprendidas e das que virão.
Uma flor e tantas sensações… linda a associação com o seu pai. E se perfeito, como dizem, é o que está feito em sua totalidade, realmente somos todos perfeitos, cada qual com suas singularidades. Parabéns pela reflexão!
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As imperfeições nos constituem!
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Desafio aceito e temos esse texto cheio de emoções. Me fez lembrar que por um jeito da vida sempre chamei as flores, mesmo que tão distintas, de flor. Talvez para dar a todas o merecido reconhecimento da sua beleza singular
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Que lindo, Sônia! Captou a essência!
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Adorei. Parabéns Claudia.
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Obrigada, Ivone.
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