Por: Rosi Santos
Nem nos meus sonhos mais bucólicos, poderia imaginar uma vista dessas! Por essa janela entra luz, insetinhos e paz!
Mato seco, mato verde, tons claros, tons escuros, folhas no pé, folhas no chão, folhas no rio… tudo isso embalando meus pensamentos, norteando minhas vontades, conduzindo meus propósitos, aquietando meu coração!
No romper do dia o rio segue, ao longo do dia o rio segue, à tardinha, ao anoitecer, sempre seguindo… levando as folhas, os galhos, as preocupações, os medos, as incertezas… suave, tranquilo, levando meu barquinho de folha de caderno!
De vez em quando passa um barco carregando um pescador, sua rede, seu radinho, seus peixes… (Delícia de peixe fritinho com limão!) O sol ilumina as águas turvas, clareia o fundo, revelando o berçário dos peixes entre as pedras…
Um marreco vaidoso e seu curioso amigo ganso passeiam lentamente no rio, indo e vindo inúmeras vezes ao dia. Quando cansam, param e sobre a pedra tomam banho de sol. Hoje, dona pata passeou pela primeira vez com seus três patinhos bebês, uma lindeza só!
Borboletas amarelas vagueiam na superfície criando uma trilha que meu olhar teima em seguir. Avisto a curva, a árvore grande e a curiosidade faz meu pensamento voar. O que será que tem depois daquela curva?!
Todos os questionamentos da minha vida atual afloram. Organizadamente anoto as perguntas e penso nas respostas. Algumas já existem, outras nem sei se terei, mas de qualquer maneira, o incômodo voou pra longe de mim nas asas das borboletas amarelas…
Crédito da imagem: Rosi Santos @rosicleiasantos
“Os textos representam a visão dos respectivos autores e não expressam a opinião do Sabático Literário.”
Fui pra esse lugar! Senti até a brisa!
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