Já vivi de metades
Pedaços largados
Amores inexistentes
Abraços sem conexão
De completos vazios
Já me doei e me esvaí
Me esvaí tentando ver
Sentir e receber afeto
Mas não havia sentido
Verdade também não havia
Já vivi de metades
Imensurável espera
E não espero mais
Me lanço adiante
Ressurjo das cinzas
Levito vivaz como nunca
Sou inteira. Real. Completa.
Carne, osso, alma e chamas.
A frieza não mais me toca
Mentira alguma se mantém
Já vivi de metades
Hoje não aceito menos
Não reconheço migalhas
Se não me olhas na alma
Não lhe adentro os olhos
Transbordo, transpareço amor
Hoje vivo do todo
Hoje vivo do inteiro
Hoje vivo da imensidão
(Lívia Maria – 06/04/2021)
Crédito da imagem: Lívia Maria
“Os textos representam a visão dos respectivos autores e não expressam a opinião do Sabático Literário.”
Doido…como trocar de pele, ficar em carne viva, para lavar-se com salmoura ! Deixar cada ferida cultivar sua cicatriz, ao seu tempo! Demorar o tempo do aprendizado, pra ser lembrado ! Amei
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Muito lindo! ♥️😍
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Amei, Lívia! Dói ser intensa e inteira. E, ao mesmo tempo, pode ser libertador. Parabéns!
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Me representa! Incrível nosso poder de transformação..ou seria transmutação?
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