Por: Claudia Nagau
Dia 5 de novembro, comemorei meu aniversário como há muito tempo não fazia: leve.
Acordei com o entusiasmo e esperança de todos os dias, disposta a escrever todos os propósitos para meu novo ano pessoal.
Agradeci pela minha vida, mentalizei coisas boas, fiz uma postagem no Instagram para que todos soubessem da minha alegria e parti para meu dia, agora com motor 4.4.
Recebi felicitações de amigos, parentes, alunos, cantei sozinha no carro, me dei um belo charuto de presente, trabalhei a manhã toda disposta e sorridente e fui para casa na hora do almoço.
Ao rolar o FEED do Instagram, dei de cara com a notícia da morte da Marília Mendonça. Não ouço sertanejo, não acompanhei a carreira, não era fã; mas a primeira coisa que veio à cabeça foi a brevidade da vida, tudo que ela tinha para viver e o filho que ficou sem sua mãe tão jovem.
Não gosto destes posts piegas e nem desse senso comum, mas o fato do ocorrido ter atropelado o dia do meu aniversário, ter me feito pensar sobre os planos, metas e objetivos que almejava traçar naquele dia, me fez querer falar sobre isso.
Diante da ironia da brevidade da vida, deixei meu bloco de metas de lado, abracei meus filhos, fiz uma piadinha com minha mãe, conversei com amigos pelo Whatsapp, recebi duas amigas e vivi meu dia com quem eu amo, um copo de whisky e o tabaco aceso.
O futuro é agora…
Crédito da Imagem: Foto por Julia Volk em Pexels.com
“Os textos representam a visão das respectivas autoras e não expressam a opinião do Sabático Literário.”
Claudia, vivo sempre esse conflito entre viver o presente de forma leve ou ocupa-lo demais para construir um “futuro” que nem sabemos se haverá e por quanto tempo durará. A busca pelo equilíbrio entre essas duas possibilidades é sempre um desafio para mim! Obrigada pela reflexão.
CurtirCurtido por 1 pessoa
O mistério da vida né, Lidi?
CurtirCurtido por 1 pessoa